terça-feira, 2 de setembro de 2014

Abelhas e Flores: a simbiose entre os Seres da Natureza (por Lucia Maria Ferreira)

Os Florais são preparados com belas e inofensivas flores, cuidadosamente selecionadas por Dr. Bach. Ao vê-las ficamos encantados com sua beleza e seu perfume e não paramos para pensar nos elementos necessários para sua existência e sobrevivência. Recordando, são eles: terra, água, sol, ar, além da ação polinizadora da abelha, chamada de “animadora” essencial da natureza. Essa ação é colaborada por outros elementos da natureza, tais como o vento, outros insetos (formiga, mosquito, borboleta, traça, aranha...) e como veículo das sementes o coelho, os pássaros...todos numa simbiose necessária e perfeita. Além do alimento que nos fornece (mel, própolis ou geleia real...) as abelhas contribuem pela polinização com a sobrevida e a evolução de aproximadamente 80% das espécies de plantas com flores no planeta. Sem essa ação polinizadora milhares de plantas não poderiam reproduzir e desapareceriam, comprometendo assim a vida animal, incluindo a vida humana. Provavelmente abelhas e plantas com flores nasceram juntas, vivendo numa simbiose perfeita. As abelhas também nos deixam o exemplo perfeito de organização e sobrevivência. Elas se unem ao redor de uma rainha para formar uma colônia: a rainha libera um hormônio, que é comunicado ao conjunto da colmeia, formando um “ninho”, sendo a rainha o elemento central e a seu lado todo o trabalho das demais abelhas. A colmeia utiliza uma forma de linguagem que coordena diversos tipos de sinais: táteis, químicos e vibratórios, decorrendo daí atividades bem ordenadas, formando um microcosmo, no qual cada abelha tem sua função estabelecida, tendo como diretriz a cooperação mútua: a nutriz que mima em favor da progenitora, a guardiã que controla a entrada da colmeia e a forrageira que controla a entrada do pólen ou do néctar, conforme as necessidades da colônia. Essa partilha de tarefas permite viver e expandir-se.

Julian Barnard, em seu livro: “Remédios Florais de Bach- Forma e Função” descreve detalhadamente a signatura das plantas utilizadas no preparo dos florais e em diversas constatamos  a simbiose  dessas  com as abelhas.  Como exemplo,  citamos  o IMPATIENS,

essência utilizada para pessoas dinâmicas, rápidas, entretanto externam atitude de pressa, tensão, falta de paciência com o ritmo dos outros.  O gesto positivo dessa planta é obervado na flor, quando acolhe gentilmente a abelha à procura do néctar. Ele descreve: “Quando a abelha chega, traz consigo o pólen já depositado no seu dorso peludo. Logo que ela pousa, a flor se inclina puxando o pistilo para baixo, para tocar o dorso do inseto. Desse modo, o pólen é transferido assim que a abelha entra- um artifício inteligente que garante a polinização cruzada. Em parte, essa estratégia de assegurar quase 100% de polinização é responsável peço sucesso da espécie Impatiens. Todo o processo de polinização ocorre no abrigo e proteção do interior da flor” (pag. 37).  Gentileza, compaixão, descontração da mente, paz do perdão, tranquilidade, liberação das tensões mentais e do desespero, aceitação da luz espiritual e verdade são as qualidades que o Impatiens proporciona.


Outra planta com forte simbiose com as abelhas é o GORSE, essência auxiliar utilizada para pessoas pálidas, desesperançadas, resignadas por sofrerem moléstias crônicas e que perderam a coragem de tentar outra vez ou se esforçar para melhorar seu quadro. É a força coletiva da espécie Gorse, de um amarelo intenso, forte e inflamada pela luz que moverá na pessoa a vontade intensa de viver, de se cuidar, fazendo fluir a energia e ter a clareza de que a esperança é expressão de fé na vida. Segundo Julian Barnard é na época da Páscoa (celebração da morte e ressurreição de Cristo= Cristo morreu para nos trazer a esperança de uma nova vida) que Gorse desabrocha em plena flor, descrevendo: “O perfume inebriante, uma mistura de coco com baunilha, atrai as abelhas e outros insetos à procura de pólen e de néctar. Fique próximo ao arbusto de Gorse em abril e todos os seus sentidos serão despertados e estimulados, assim como o remédio estimula a energia da vida. Veja a coloração brilhante, escute o som dos insetos e sinta o perfume”.(pagina. 153)


Na pagina 168 do referido livro, Julian Barnard transcreve a experiência de três horas vivida e relatada por Dr. Bach, no preparo da essência HEATHER.Esta manhã o dia estava tão bonito. O céu estava intensamente azul e Heather com sua cor púrpura brilhante... Ninguém estava lá...havia alguns pôneis selvagens, a ovelha sozinha , um casal de corvos “grasnando” um para o outro. Lentamente, conforme fui me aquietando, a tranquilidade tornou-se imensa... A alegria tranquila de estar ali era muito forte ... senti que aquele remédio era para a unificação... As abelhas que estavam apinhadas nas flores de Heather sabiam como serem elas mesmas por causa do espírito comum das abelhas”, do qual elas fazem parte. Elas voam vale abaixo atraídas pelo aroma de Heather, coletam o pólen e o néctar dos milhões de flores e, sem falhar,navegam de volta para casa. Elas conhecem seu propósito dentro deste espírito e o vivencia. Mas há muitas outras vidas igualmente complexas e com seu espírito”.



Ele cita o movimento da aranha, dos mosquitos, dos pássaros, da cotovia.  “Eles representam o espírito da liberdade que vive selvagem e distante. Muitos de nós, eu acredito, conhecem essa experiência, essa alegria que podemos sentir num lugar como esse. Mas, ao mesmo tempo em que eu percebi que as plantas, os insetos e os pássaros estavam conectados aos seus próprios espíritos e conheciam sua natureza, eu percebi que os seres humanos, com frequência, não estavam. Parece que algumas pessoas fracassam em entrar em contato com esse espírito em si mesmas e por isso sentem-se perdidas e confusas. Essa é a mensagem de Heather. O estado negativo de Heather é essa sensação de isolamento, solidão, de ser incapaz de suportar o espaço intocado e aberto da alma”....  




Para essa “criança carente”, que depende da atenção e afeição dos que a rodeiam,  o Heather trará a sensação de voltar para casa e se sentir que não está sozinha, que ela é amada, trazendo-lhe o senso de unidade, de pertencer a algo maior sem fronteiras e limites, transformando-se em adultos capazes de dar, atenciosa com as pessoas a envolver-se com aquilo que precisa ser feito.





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